Obesidade atinge um a cada cinco brasileiros, segundo Ministério da Saúde
Acordar cedo, ir ao trabalho e
ter foco total, sendo, muitas vezes, cobrado excessivamente a ponto de quase
não aguentar. O ritmo frenético, claro, eleva o grau de estresse que segue para
rotina seguinte de estudos. Sim, trabalhar e estudar e ainda dar conta de ter
vida social, dar atenção à família e tentar viver. Esta é a realidade de grande
parte dos brasileiros entre 18 e 24 anos.
Segundo o Vigitel, sistema de
ações do Ministério da Saúde responsável pela vigilância de fatores de risco e
proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, os jovens com a faixa
etária entre 18 e 24 anos são 30,3% das estatísticas de sobre peso. 8,5% da
taxa de obesidade, a predominância da obesidade duplica após os 25 anos de
idade. Mais ou menos nessa idade, quando estava saindo da faculdade, o advogado
Recieri Zenardi tinha vergonha do seu corpo e fazia parte da estatística de
obesos brasileiros. Confira
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O advogado conta que tinha uma
vida totalmente desregrada, e era refém do seu corpo, de maneira que não se
sentia à vontade em lugar nenhum. “Eu me isolava, ficava em casa jogando
videogame para não ter que me divertir com as pessoas e não ter que me
socializar”, lembra.
Aos 27 anos, pesando 114
quilogramas, Recieri decidiu dar um basta na condição de sobrepeso, afinal os
males da obesidade cada dia pioravam, com cansaço, suor excessivo e isolamento
social. “Como estava com tempo ocioso depois da faculdade, procurei fontes de
conhecimento alternativo em livros e na internet”. Entretanto, inclusive pela
falta de dinheiro, Recieri não teve um direcionamento e acompanhamento
específico de profissionais da área de emagrecimento.
Emagrecer por conta própria é
muito perigoso, afinal, é necessário um acompanhamento multiprofissional para
garantir a qualidade de vida. Neste contexto, destacam-se os profissionais da
educação física e os nutricionistas. De acordo com Lorene Yassin, nutricionista
esportiva, “o papel do nutricionista é organizar a alimentação das pessoas de
modo que hajam nutrientes suficientes para sustentar todas as atividades
diárias”. Lorene afirma, ainda, que padrões alimentares inadequados podem ocasionar doenças muito sérias. Confira
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Da mesma maneira que o
nutricionista é essencial no planejamento alimentar das pessoas, o educador
físico tem papel fundamental no planejamento e acompanhamento de exercícios
físicos. É importante analisar caso a caso, afinal, conforme a educadora física
Agnes Heberland, “o princípio da individualidade biológica deve ser seguido e
somente o profissional saberá indicar exercícios adequados para suas condições
físicas”.
Agnes se preocupa com
exercícios copiados de sites e perfis na internet. Caso haja interesse em fazer
exercícios semelhantes aos dos blogueiros e youtubers, é necessário pedir
auxílio a um profissional de educação física. “Já aconteceram muitos casos de
lesões graves e algumas irreversíveis”, alerta Agnes. Confira
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Obviamente, nem todas as
pessoas se adaptam a exercícios “tradicionais”, mas isso não é problema
atualmente, afinal, existem muitas possibilidades de exercícios menos
convencionais, como Crossfit, Pole Dance e lutas. Mari Pontes, atualmente
instrutora de Pole Dance, se encontrou no esporte depois de inúmeras tentativas
frustradas de treinar em academias tradicionais. ”Eu tentei me encontrar em
diversas práticas, mas não me encontrava, aí a tendência era eu ficar sempre
acima do peso”. Depois de perder 25 quilogramas com a prática do pole dance,
Mari decidiu se capacitar como instrutora para mudar a vida de outras pessoas,
também. Confira entrevista completa
Independente de qualquer
coisa, a atividade física precisa ser prazerosa, afinal de contas, o inicio
sempre será um pouco difícil, pois sedentarismo também é um hábito. ”O mais
importante é procurar uma atividade que lhe proporcione lazer”, afirma Agnes.
E nesse sentido, o profissional de educação física é fundamental para direcionamento,
finaliza.
Por: João Filho, Mariana Soek e Marina Machado